Repotrectinibe (Augtyro) oferece nova esperança no tratamento de tumores ROS1 e NTRK positivos

O avanço das terapias-alvo transformou o tratamento de tumores impulsionados por mutações genéticas específicas. Entre essas inovações, o Repotrectinibe, comercializado como Augtyro, surge como uma alternativa eficaz para pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (NSCLC) ROS1-positivo e tumores sólidos com fusão do gene NTRK. Aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, o medicamento oferece uma opção terapêutica moderna para pacientes que já tentaram outros tratamentos, com resultados expressivos em estudos clínicos recentes.

Como o Repotrectinibe age no organismo

O Repotrectinibe pertence à classe dos inibidores de tirosina quinase (TKIs), medicamentos que bloqueiam proteínas anormais produzidas por fusões genéticas como ROS1 e NTRK. Essas fusões funcionam como um “acelerador travado”, enviando sinais constantes de crescimento celular. Ao inibir esses sinais, o Repotrectinibe interrompe a multiplicação descontrolada das células tumorais.

Um dos diferenciais do medicamento é seu tamanho molecular reduzido, que permite melhor penetração no sistema nervoso central, beneficiando pacientes com metástases cerebrais, condição comum em casos avançados de câncer de pulmão. Além disso, o fármaco foi projetado para superar mutações de resistência observadas com tratamentos anteriores.

Indicações e tipos de câncer tratados

O Repotrectinibe está aprovado para duas indicações principais:

  • Câncer de pulmão não pequenas células (NSCLC) ROS1-positivo:
    Indicado tanto para pacientes sem tratamento prévio quanto para aqueles que já utilizaram outras terapias ROS1. O medicamento mostrou alta eficácia, inclusive em casos com metástases cerebrais.

  • Tumores sólidos com fusão NTRK:
    Aprovado para pacientes a partir de 12 anos com tumores localmente avançados ou metastáticos que apresentem fusão no gene NTRK, quando não há alternativas terapêuticas satisfatórias ou após falha de tratamentos anteriores.

Evidências clínicas: resultados do estudo TRIDENT-1

A eficácia do Repotrectinibe foi confirmada no estudo internacional TRIDENT-1, que avaliou pacientes com NSCLC ROS1-positivo e tumores NTRK-fusionados.

  • Em câncer de pulmão ROS1-positivo:
    Entre pacientes sem tratamento prévio, 79% apresentaram redução tumoral, com respostas que duraram em média 34 meses. Nos pacientes previamente tratados, 38% responderam ao medicamento, com duração média de resposta de 15 meses.

  • Em tumores com fusão NTRK:
    A taxa de resposta foi de 58% em pacientes sem terapias anteriores e 50% entre aqueles previamente expostos a inibidores TRK. Em muitos casos, os efeitos positivos persistiram por vários meses, e parte dos pacientes ainda permanecia em resposta ativa no momento da publicação.

Os resultados atualizados, publicados em 2024 no New England Journal of Medicine (NEJM), reforçaram a durabilidade das respostas e o perfil de segurança favorável do medicamento. Pacientes com câncer de pulmão tratados pela primeira vez com Repotrectinibe alcançaram uma sobrevida livre de progressão de 36 meses, enquanto os já tratados anteriormente tiveram média de 9 meses sem progressão da doença.

Efeitos adversos e manejo clínico

Como outras terapias oncológicas, o Repotrectinibe pode causar efeitos colaterais, geralmente leves a moderados.

Efeitos comuns:

  • Tontura e fadiga;

  • Alterações no paladar;

  • Constipação e falta de apetite;

  • Falta de ar ou dores musculares.

Efeitos menos frequentes:
Podem ocorrer alterações nos exames hepáticos, redução nas células sanguíneas, alterações visuais e, raramente, pneumonite ou prolongamento do intervalo QT (alteração cardíaca).

O acompanhamento médico é essencial para identificar e manejar precocemente os sintomas. Exames de sangue regulares ajudam a monitorar a função hepática e os níveis celulares, permitindo ajustes de dose quando necessário.

Modo de administração e precauções

O Repotrectinibe é administrado por via oral, em cápsulas. O tratamento inicia-se com 160 mg uma vez ao dia por 14 dias, aumentando depois para 160 mg duas vezes ao dia, conforme tolerância. As cápsulas devem ser engolidas inteiras, com ou sem alimentos.

Pacientes devem evitar o consumo de toranja (grapefruit) e limitar o uso de álcool, que pode interferir no metabolismo do medicamento. Por causar tontura, recomenda-se cautela ao dirigir ou operar máquinas.

O futuro do Repotrectinibe

Novos estudos, como o ensaio REPOSE, estão avaliando o potencial do Repotrectinibe em pacientes com metástases cerebrais decorrentes de câncer de pulmão ROS1-positivo. Pesquisadores também investigam seu uso combinado com outras terapias para ampliar o espectro de ação e superar resistências moleculares.

Com resultados promissores e segurança comprovada, o Repotrectinibe representa um avanço relevante na oncologia de precisão, ampliando as perspectivas de tratamento para pacientes com mutações genéticas raras.

Conclusão:
Com alta eficácia e bom perfil de segurança, o Repotrectinibe (Augtyro) representa um marco no tratamento de tumores com mutações ROS1 e NTRK. Sua ação direcionada e duradoura oferece esperança a pacientes com formas raras e resistentes de câncer.

Com informações de OncoDaily https://oncodaily.com/drugs/repotrectinib-augtyro-patient-version

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Augusto

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