O medicamento Onivyde, uma formulação lipossomal de irinotecano, demonstrou avanço relevante no tratamento do adenocarcinoma ductal pancreático metastático. Dados do estudo clínico NAPOLI 3 revelaram aumento da sobrevida global em pacientes que nunca haviam recebido tratamento prévio para a doença, um resultado que reforça a busca por terapias mais eficazes para um dos tumores de pior prognóstico.
Como age o Onivyde no organismo
O Onivyde é uma forma lipossomal de irinotecano projetada para circular por mais tempo na corrente sanguínea. A tecnologia lipossomal facilita sua entrada nas células tumorais por meio de um processo natural de absorção. Quando os macrófagos degradam os lipossomas, o princípio ativo é liberado de forma controlada dentro do tumor. O medicamento atua como inibidor de topoisomerase, interferindo na replicação do DNA das células cancerígenas. Nos Estados Unidos, já possui aprovação para uso em combinação com 5-FU e leucovorina em pacientes que progrediram após tratamento baseado em gemcitabina.
Estrutura do estudo clínico NAPOLI do Onivyde
O ensaio fase 3 NAPOLI 3 avaliou 770 pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático metastático que nunca haviam recebido tratamento para a doença. Os participantes foram divididos em dois grupos. O primeiro recebeu um regime experimental composto por Onivyde associado a oxaliplatina, 5-FU e leucovorina, administrados duas vezes por mês, nos dias 1 e 15 de cada ciclo de 28 dias. O segundo grupo recebeu quimioterapia padrão, que incluiu nab-paclitaxel e gemcitabina, aplicados três vezes por mês, nos dias 1, 8 e 15 de cada ciclo.
Sobrevida global e progressão da doença
O estudo atingiu seu desfecho primário ao demonstrar maior sobrevida global no grupo tratado com o regime que inclui Onivyde. Além disso, o ensaio apresentou melhora significativa na sobrevida livre de progressão, um desfecho secundário considerado fundamental para avaliar o impacto do tratamento no avanço da doença. Esses resultados reforçam o potencial da combinação experimental como alternativa terapêutica na primeira linha de tratamento.
Perfil de segurança do Onivyde e referências anteriores
O perfil de segurança do Onivyde observado no NAPOLI 3 foi compatível com dados de estudos anteriores, incluindo pesquisas de fase 1 e fase 2 com pacientes com a mesma neoplasia. A consistência desses achados oferece segurança adicional quanto ao uso clínico do medicamento em cenários mais amplos.
Declarações da Ipsen e próximos passos
Segundo a Ipsen, fabricante do Onivyde, os resultados reforçam o potencial do regime investigacional para ampliar a expectativa de vida de pessoas com câncer pancreático metastático. A empresa afirmou que pretende submeter os dados às autoridades regulatórias, com a expectativa de disponibilizar uma nova opção terapêutica para uma condição considerada difícil de tratar.
Conclusão:
Os resultados do NAPOLI 3 representam um marco relevante na busca por terapias iniciais mais eficazes para o adenocarcinoma ductal pancreático metastático. A melhora consistente na sobrevida global e na evolução da doença reforça o potencial clínico do Onivyde em combinação com outras drogas. A expectativa agora se volta para futuras análises regulatórias e para o possível impacto dessa abordagem na prática oncológica.
Com informações de Healio — https://www.healio.com/news/hematology-oncology/20221114/onivyde-regimen-extends-os-in-metastatic-pancreatic-ductal-adenocarcinoma
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