A Comissão Europeia aprovou o uso do Leqembi® (lecanemab), tornando-o o primeiro medicamento autorizado na União Europeia (UE) capaz de retardar a progressão da doença de Alzheimer em estágio inicial. Desenvolvido pela japonesa Eisai Co., Ltd. em parceria com a americana Biogen Inc., o tratamento representa um marco científico e terapêutico para milhões de pessoas diagnosticadas com comprometimento cognitivo leve e demência precoce relacionada à doença.
Um avanço inédito no tratamento do Alzheimer com o Leqembi (lecanemab)
O lecanemab é um anticorpo monoclonal que atua diretamente sobre a causa subjacente do Alzheimer. Ele foi aprovado para pacientes adultos com comprometimento cognitivo leve ou demência leve associados à doença, desde que apresentem patologia amiloide confirmada e não sejam portadores homozigotos do alelo ApoE ε4, um fator genético relacionado ao risco aumentado da enfermidade.
A autorização concedida pela Comissão Europeia abrange os 27 países-membros da UE, além da Islândia, Liechtenstein e Noruega. Essa aprovação posiciona o Leqembi como a primeira terapia capaz de modificar o curso da doença em pacientes elegíveis, e não apenas aliviar seus sintomas.
Mecanismo de ação e eficácia clínica do Leqembi (lecanemab)
Diferentemente das abordagens tradicionais, o lecanemab se liga seletivamente a protofibrilas tóxicas — agregados solúveis de beta-amiloide (Aβ) — e promove sua eliminação, reduzindo também as placas insolúveis que se acumulam no cérebro. Essas protofibrilas são consideradas a forma mais nociva de Aβ, responsáveis por causar danos neuronais e acelerar o declínio cognitivo característico do Alzheimer.
Estudos clínicos demonstraram que a redução dessas estruturas tóxicas está associada à desaceleração mensurável do comprometimento cognitivo em pacientes em estágios iniciais da doença. O medicamento já havia sido aprovado anteriormente em países como Estados Unidos e Japão, beneficiando milhares de pessoas ao redor do mundo.
Impacto social e necessidade de novas terapias
Na Europa, estima-se que 15,2 milhões de pessoas vivam com comprometimento cognitivo leve decorrente do Alzheimer, enquanto cerca de 6,9 milhões enfrentam a demência associada à doença. A progressão gradual dessa condição representa um desafio crescente para os pacientes, familiares e sistemas de saúde, destacando a urgência de terapias que possam intervir desde as fases iniciais.
“A decisão de hoje torna o lecanemab a primeira opção de tratamento na UE capaz de retardar a progressão da doença de Alzheimer em estágio inicial”, afirmou Haruo Naito, CEO da Eisai. Ele ressaltou o compromisso da empresa em trabalhar junto às autoridades de saúde europeias para garantir o acesso rápido ao medicamento, buscando reduzir o impacto da doença sobre pacientes e cuidadores.
Christopher A. Viehbacher, CEO da Biogen, destacou que a aprovação europeia representa “um avanço histórico em uma área onde houve pouca ou nenhuma inovação nos últimos 20 anos”.
Colaboração internacional e segurança do medicamento Leqembi (lecanemab)
A Eisai lidera globalmente o desenvolvimento e a regulação do lecanemab, enquanto compartilha com a Biogen a responsabilidade pela comercialização. Nos países nórdicos, a parceria inclui também a BioArctic.
O medicamento está sujeito a monitorização adicional para assegurar a identificação rápida de possíveis reações adversas. Entre os efeitos colaterais conhecidos, destaca-se a ARIA (anomalias relacionadas à imagem por amiloide), que pode envolver inchaço ou pequenos sangramentos cerebrais, especialmente em indivíduos com maior predisposição genética.
Conclusão sobre o Leqembi (lecanemab)
A aprovação do Leqembi na União Europeia marca uma nova era no enfrentamento do Alzheimer. Pela primeira vez, pacientes em estágio inicial da doença têm acesso a uma terapia que não apenas controla sintomas, mas interfere diretamente nos mecanismos biológicos da degeneração neuronal. O avanço reforça a importância da pesquisa contínua e da colaboração internacional na busca por soluções que prolonguem a autonomia e a qualidade de vida dos pacientes.
Com informações de Biogen — https://investors.biogen.com/news-releases/news-release-details/leqembir-lecanemab-first-medicine-slows-progression-early
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