O que é o fezoniletante (Veozah) e como age
O fezoniletante — comercializado nos EUA como Veozah — é um medicamento oral não hormonal indicado para reduzir a frequência e a intensidade das ondas de calor (fogachos) e dos suores noturnos que afetam muitas mulheres na perimenopausa e na menopausa. A droga atua como antagonista do receptor de neurocinina-3 (NK-3): ao bloquear esse receptor em um conjunto específico de neurônios envolvidos na termorregulação, diminui a ação da via que se intensifica quando os níveis de estrogênio caem na menopausa, atenuando os sintomas vasomotores.
Evidências de eficácia e perfil de segurança do fezoniletante (Veozah)
Estudos clínicos randomizados e controlados demonstraram que o fezoniletante reduz significativamente fogachos em comparação com placebo, o que levou à aprovação pelo Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos. Os dados apontam boa efetividade e um perfil de segurança aceitável, porém com efeitos adversos relatados com relativa frequência. Entre os mais comuns estão:
- dor abdominal e diarreia;
- insônia;
- dor nas costas;
- sensação de fogacho (em alguns casos paradoxais);
- aumento das transaminases hepáticas.
Devido ao potencial de alteração enzimática do fígado, a recomendação do regulador é monitorar exames de sangue a cada três meses durante os nove primeiros meses de tratamento. O uso é contraindicado em pacientes com cirrose e doença renal grave.
Para quem o tratamento pode ser alternativa
A reposição hormonal continua sendo, para muitas mulheres, o tratamento mais eficaz para fogachos, mas não é indicada para pacientes com histórico de acidente vascular cerebral, infarto e outras condições cardiovasculares ou trombóticas. O fezoniletante surge como uma alternativa não hormonal para mulheres que não podem — ou não desejam — usar terapia hormonal sistêmica. Ainda assim, a decisão terapêutica deve considerar riscos individuais, com acompanhamento médico e monitorização laboratorial quando indicada.
Limitações práticas: disponibilidade e custo do fezoniletante (Veozah)
Até o momento da aprovação pelo FDA, o fármaco ainda não havia recebido autorização no Brasil. Além disso, o custo estimado para 30 dias nos EUA foi apontado como elevado — cerca de R$ 2.700,00 (valor divulgado na cobertura jornalística) — o que pode limitar o acesso e tornar o tratamento inacessível para parte das pacientes, mesmo quando disponível.
O que esse lançamento diz sobre mudanças sociais e científicas
A repercussão midiática e a demanda por tratamentos para sintomas da menopausa revelam duas transformações importantes:
- Maior visibilidade da saúde da mulher: com o aumento da longevidade, a menopausa passa a representar uma parcela substancial da vida feminina — muitas mulheres hoje vivem cerca de um terço da vida nessa fase — e deixam de ser silenciadas sobre seus sintomas enquanto seguem ativas profissional e socialmente.
- Mudança no interesse industrial e científico: a indústria farmacêutica e a cosmética, historicamente pouco focadas em produtos específicos para a menopausa, têm ampliado pesquisas e lançamentos — desde medicamentos até produtos para incontinência e ressecamento genital — respondendo a uma demanda crescente por soluções que melhorem qualidade de vida.
Reconhecer a menopausa como uma fase natural — e, ao mesmo tempo, validar e tratar sintomas que prejudicam a vida diária — é um movimento que combina progresso científico com avanços sociais no reconhecimento das necessidades de saúde da mulher.
Conclusão sobre o fezoniletante (Veozah)
A aprovação do fezoniletante (Veozah) marca um passo relevante na oferta de alternativas não hormonais para o controle dos fogachos, com comprovação de eficácia e exigência de monitoramento clínico por possíveis efeitos hepáticos. Apesar do potencial terapêutico, desafios como contraindicações, necessidade de exames regulares e alto custo podem limitar seu impacto imediato. Ainda assim, o lançamento é também um sinal positivo de que a saúde da mulher — especialmente no climatério e na menopausa — tem ganhado mais atenção da ciência e do mercado, o que deve expandir opções e acesso a tratamentos nos próximos anos.
Com informações de Porta Drauzio Varella — https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/menopausa-novo-medicamento-para-tratar-fogachos-e-reflexo-de-mudanca-da-sociedade/
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