Um novo avanço no tratamento do câncer de mama avançado ou metastático positivo para o receptor de estrogênio (ER+) e negativo para o HER2 foi apresentado durante o Miami Breast Cancer Conference 2025. O estudo clínico de fase 3 EMERALD demonstrou que o Elacestrant (Orserdu), primeiro degradador seletivo do receptor de estrogênio (SERD) disponível por via oral, oferece um ganho significativo na sobrevida livre de progressão (PFS) em comparação às terapias endócrinas padrão, independentemente das variantes mutacionais do gene ESR1.
O papel das mutações ESR1 no câncer de mama metastático
O gene ESR1, que codifica o receptor de estrogênio, desempenha papel essencial na progressão do câncer de mama hormônio-dependente. Em pacientes com tumores ER+ e HER2-, mutações nesse gene são relativamente comuns e podem reduzir a eficácia das terapias endócrinas convencionais, tornando o controle da doença mais desafiador.
Essas mutações podem ocorrer em diferentes níveis de fração alélica — a proporção de alelos mutados em relação ao total presente na amostra — o que influencia o comportamento tumoral e a resposta ao tratamento. Um nível elevado de fração alélica costuma indicar maior carga mutacional e possível resistência terapêutica.
Resultados do estudo EMERALD
A análise pós-hoc do estudo EMERALD, que incluiu pacientes previamente tratadas com câncer de mama ER+/HER2- avançado ou metastático, revelou que Elacestrant prolonga de forma expressiva a sobrevida livre de progressão, independentemente do nível de fração alélica variante de ESR1.
Entre pacientes com alta fração alélica, a mediana de sobrevida livre de progressão foi de 9,13 meses com Elacestrant, contra 1,91 mês com a terapia padrão baseada em inibidores de aromatase ou Fulvestrant (HR 0,364; IC 95%: 0,185–0,690).
Já entre aquelas com baixa fração alélica, o benefício também foi consistente: 8,61 meses com Elacestrant versus 1,87 mês com o tratamento convencional (HR 0,509; IC 95%: 0,259–0,990).
Esses resultados reforçam a robustez da eficácia do fármaco, independentemente da carga mutacional do ESR1.
Eficácia do ORSERDU (elacestrant) entre diferentes variantes ESR1
O estudo também demonstrou que o Elacestrant mantém eficácia semelhante frente às principais variantes mutacionais de ESR1, incluindo D538G, Y537S e Y537N, responsáveis por aproximadamente 90% das mutações identificadas em tumores mamários metastáticos.
Essa consistência sugere que o medicamento pode representar uma alternativa terapêutica eficaz em um espectro mais amplo de perfis genéticos, reduzindo a necessidade de ajustes baseados em mutações específicas.
Vantagens da formulação oral do ORSERDU (elacestrant)
O Elacestrant diferencia-se dos SERDs tradicionais por sua administração oral, ao contrário do Fulvestrant, que requer injeções intramusculares. Essa característica favorece a adesão ao tratamento e melhora a qualidade de vida das pacientes, sem comprometer a eficácia clínica.
Como degradador seletivo do receptor de estrogênio, o Elacestrant atua ligando-se ao receptor e promovendo sua degradação, interrompendo a proliferação de células tumorais dependentes de estrogênio.
Conclusão sobre o ORSERDU (elacestrant)
Os dados apresentados no Miami Breast Cancer Conference 2025 confirmam que o Elacestrant é uma opção eficaz para pacientes com câncer de mama avançado ou metastático ER+/HER2-, inclusive na presença de mutações no gene ESR1.
O tratamento oral oferece um avanço relevante tanto em eficácia quanto em conveniência terapêutica, representando uma nova perspectiva no manejo da resistência endócrina.
Com informações de Xagena Medicina — oncologiamedica.net
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