Tratamento oral adia reincidência do câncer de ovário avançado

Tratamento oral adia reincidência do câncer de ovário avançado

Estudo clínico internacional aponta ganho significativo no tempo de remissão após cirurgia e quimioterapia

Um estudo clínico internacional apresentado durante a conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), em Chicago, trouxe novas perspectivas para o tratamento do câncer de ovário avançado. A pesquisa indica que o uso do medicamento pazopanib pode retardar de forma significativa a reincidência da doença em pacientes que já haviam respondido positivamente à cirurgia e à quimioterapia inicial, ampliando o período de controle do tumor sem a necessidade imediata de novos tratamentos agressivos.

Alta taxa de reincidência no câncer de ovário avançado

O câncer de ovário é considerado uma das neoplasias ginecológicas mais agressivas, especialmente quando diagnosticado em estágios avançados. Mesmo após um tratamento inicial bem-sucedido, que inclui cirurgia e quimioterapia, cerca de 70% das pacientes enfrentam a volta da doença. Em aproximadamente metade dos casos, a reincidência ocorre no primeiro ano após o término do tratamento.

Essa realidade clínica torna o controle da doença um desafio constante. Atualmente, não existem marcadores confiáveis capazes de prever quais pacientes terão recorrência tumoral, o que reforça a necessidade de estratégias terapêuticas de manutenção.

Estudo clínico avalia terapia de manutenção

O estudo apresentado na Asco avaliou 940 pacientes com câncer de ovário avançado. Todas haviam sido submetidas previamente à cirurgia e à quimioterapia padrão. De forma aleatória, metade das participantes recebeu o pazopanib por via oral durante um período de 24 meses, enquanto o grupo de controle utilizou placebo pelo mesmo tempo.

A pesquisa foi conduzida pelo professor Andreas du Bois, especialista em ginecologia da clínica Essen Mitte, na Alemanha, e teve como objetivo principal analisar o tempo de sobrevida livre de progressão da doença.

Resultados mostram atraso significativo na progressão do tumor

Após dois anos de acompanhamento, os resultados indicaram uma diferença relevante entre os dois grupos. As pacientes tratadas com pazopanib apresentaram um tempo médio de 18 meses sem evolução do câncer, enquanto no grupo placebo esse período foi de 12,3 meses. Na prática, o tratamento proporcionou um atraso de quase seis meses na reincidência do câncer de ovário.

Segundo os pesquisadores, esse ganho representa um avanço importante, já que prolonga o controle da doença sem a necessidade de novas sessões de quimioterapia, que costumam ser associadas a efeitos adversos significativos.

Como o pazopanib atua no organismo

O pazopanib, comercializado sob o nome Votrient, é um medicamento administrado por via oral que atua em diferentes mecanismos moleculares do tumor. Um dos seus principais efeitos é a inibição da formação de novos vasos sanguíneos, processo conhecido como angiogênese, essencial para o crescimento e a sobrevivência das células cancerígenas.

Ao bloquear essas vias, o medicamento limita a capacidade do tumor de se desenvolver e se espalhar, contribuindo para o prolongamento do período de remissão.

Situação regulatória e cenário terapêutico atual

O Votrient já possui aprovação da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para o tratamento de câncer renal e sarcoma de tecidos moles. No entanto, até o momento da divulgação do estudo, não existia no mercado americano uma terapia de manutenção aprovada especificamente para o câncer de ovário.

Em estágios avançados, a taxa de cura do câncer de ovário, definida como cinco anos sem reincidência, varia entre 20% e 25%. A doença ocupa a quinta posição entre as principais causas de morte por câncer em mulheres nos países desenvolvidos, o que reforça a relevância de novas abordagens terapêuticas.

Impacto clínico e perspectivas futuras

Os resultados do estudo clínico com o pazopanib representam um passo importante no manejo do câncer de ovário avançado. Ao prolongar o tempo de remissão da doença, o tratamento oferece às pacientes um intervalo maior sem progressão tumoral e sem a necessidade imediata de terapias agressivas adicionais.

Caso venha a ser aprovado para essa indicação, o medicamento poderá ampliar as opções de tratamento de manutenção e contribuir para uma melhora significativa na qualidade de vida das pacientes.

Com informações de Terra https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/doencas-e-tratamentos/tratamento-pode-atrasar-reincidencia-de-cancer-de-ovario,408132132e9fe310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

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Augusto

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