O ensaio clínico de fase 3 OASIS-4 revelou resultados promissores com o uso do elinzanetante, um antagonista duplo dos receptores NK-1 e NK-3, no alívio dos sintomas vasomotores em mulheres com câncer de mama positivo para receptor hormonal (HR+) em endocrinoterapia. Além da redução na frequência e na gravidade dos fogachos, o medicamento contribui para melhora do sono e da qualidade de vida, com um perfil de segurança comparável ao do placebo.
O desafio dos sintomas vasomotores na endocrinoterapia
O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre mulheres, correspondendo a cerca de 30% dos casos diagnosticados. Aproximadamente 70% desses tumores são HR+, o que torna o tratamento endócrino — com tamoxifeno, inibidores de aromatase ou supressão ovariana — uma estratégia essencial para reduzir o risco de recidiva e mortalidade. Em muitos casos, essa abordagem é mantida por até dez anos.
No entanto, os sintomas vasomotores, como os fogachos intensos e persistentes, associados à insônia e fadiga, figuram entre os efeitos adversos mais incapacitantes dessa terapia. Em mulheres jovens submetidas à supressão ovariana, esses sintomas tendem a ser ainda mais severos, comprometendo significativamente o bem-estar e levando, muitas vezes, à interrupção precoce do tratamento.
O estudo OASIS-4 e seus objetivos
Diante desse cenário, o estudo OASIS-4 foi desenvolvido para investigar a eficácia e a segurança do elinzanetante como alternativa não hormonal no controle dos sintomas vasomotores em pacientes com câncer de mama HR+. As opções terapêuticas disponíveis atualmente oferecem resultados limitados em termos de eficácia e tolerabilidade, tornando urgente a busca por soluções seguras e efetivas.
Metodologia e população do estudo
O ensaio foi conduzido em 90 centros de pesquisa distribuídos pela Europa, Canadá, Israel e Cazaquistão. Participaram 474 mulheres entre 18 e 70 anos em tratamento endócrino ou em terapia preventiva por alto risco de câncer de mama HR+, todas apresentando pelo menos 35 episódios semanais de sintomas vasomotores moderados a graves.
As participantes foram randomizadas na proporção de 2:1 para receber elinzanetante 120 mg/dia ou placebo. Após 12 semanas, o grupo inicialmente tratado com placebo passou a receber o medicamento ativo por mais 40 semanas. O desfecho primário foi a variação da frequência média diária de fogachos moderados a graves na 4ª e na 12ª semanas de tratamento.
Resultados e impacto na qualidade de vida
Os resultados mostraram que o elinzanetante promoveu uma redução significativa na frequência e na intensidade dos fogachos em comparação ao placebo. Além disso, as pacientes relataram melhora substancial na qualidade do sono e no bem-estar geral, conforme apontado pelos questionários Menopause Quality of Life (MENQOL) e Patient-Reported Outcomes Measurement Information System (PROMIS SD SF 8b).
Esses achados indicam que o elinzanetante pode se tornar uma opção terapêutica promissora para o manejo dos sintomas vasomotores em mulheres com câncer de mama HR+, representando um avanço relevante para a manutenção da adesão ao tratamento endócrino.
Conclusão
Os resultados do estudo OASIS-4 reforçam o potencial do elinzanetante como uma alternativa segura e eficaz para reduzir sintomas vasomotores em pacientes com câncer de mama HR+ sob endocrinoterapia. A melhora da qualidade de vida observada pode contribuir para uma maior adesão ao tratamento, com impacto positivo nos desfechos clínicos de longo prazo.
Com informações de Medscape — Elinzanetante reduz sintomas vasomotores em mulheres sob endocrinoterapia
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