FDA aprova combinação de nivolumabe e ipilimumabe para câncer colorretal avançado

FDA aprova combinação de nivolumabe e ipilimumabe para câncer colorretal avançado

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou em 8 de abril uma nova indicação para a combinação de imunoterapia com nivolumabe e ipilimumabe no tratamento do câncer colorretal avançado. A aprovação abrange adultos e adolescentes a partir de 12 anos com câncer colorretal irressecável ou metastático que apresentem alta instabilidade de microssatélites (MSI-H) ou deficiência no reparo de erros de pareamento do DNA (dMMR). A decisão representa um avanço importante para um subgrupo de pacientes que tradicionalmente apresenta menor resposta às terapias convencionais.

Aprovação também contempla o uso de nivolumabe em monoterapia

Além da combinação de imunoterápicos, a FDA concedeu aprovação tradicional ao uso do nivolumabe isoladamente para adultos e adolescentes a partir de 12 anos com câncer colorretal metastático MSI-H ou dMMR que apresentaram progressão da doença após tratamento com fluoropirimidina, oxaliplatina e irinotecano. Essa indicação consolida a imunoterapia como alternativa terapêutica relevante em linhas subsequentes para esse perfil molecular específico.

Estudo CHECKMATE-8HW fundamenta a decisão da FDA

A decisão regulatória foi baseada nos resultados do estudo clínico aberto de fase 3 CHECKMATE-8HW. O ensaio incluiu pacientes com câncer colorretal irressecável ou metastático, sem tratamento prévio com imunoterapia, todos com status MSI-H ou dMMR conhecido.

Os dados foram apresentados no Simpósio de Cânceres Gastrointestinais da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO GI) de 2024. Na ocasião, especialistas destacaram que os resultados tinham potencial para modificar a prática clínica.

Pamela L. Kunz, MD, da Escola de Medicina de Yale, que não participou do estudo, afirmou durante o congresso que este é o primeiro ensaio de fase 3 a demonstrar superioridade da combinação de nivolumabe e ipilimumabe em relação à quimioterapia em pacientes com câncer colorretal metastático MSI-H/dMMR. Segundo a especialista, o regime apresentou menos eventos adversos graves e um perfil de toxicidade distinto do observado com a quimioterapia padrão.

Desenho do estudo e grupos de tratamento

No CHECKMATE-8HW, os participantes foram randomizados em três grupos. Um grupo recebeu nivolumabe na dose de 240 mg a cada três semanas em combinação com ipilimumabe na dose de 1 mg/kg, também a cada três semanas, por até quatro ciclos, seguido de manutenção com nivolumabe a cada quatro semanas.

O segundo grupo foi tratado apenas com nivolumabe, com esquema inicial intensivo e posterior fase de manutenção. O terceiro grupo recebeu quimioterapia conforme a escolha do investigador.

O desfecho primário do estudo foi a sobrevida livre de progressão, avaliada por revisão central independente e cega, de acordo com os critérios RECIST v1.1. A análise considerou dois cenários pré-especificados: tratamento de primeira linha e comparação da combinação imunoterápica com a monoterapia em todas as linhas de tratamento.

Resultados em primeira linha demonstram ampla superioridade

Na análise de primeira linha, que incluiu 255 pacientes com status MSI-H ou dMMR confirmado por testes centrais, a mediana de sobrevida livre de progressão não foi alcançada no grupo tratado com nivolumabe mais ipilimumabe. No grupo tratado com quimioterapia, a mediana de SLP foi de 5,8 meses.

A razão de risco foi de 0,21, indicando uma redução significativa do risco de progressão da doença ou morte com a combinação de imunoterapia. Os dados de taxa de resposta global e sobrevida global não foram divulgados nessa análise interina, conforme o plano estatístico do estudo.

Benefício mantido em todas as linhas de tratamento

Na comparação entre nivolumabe mais ipilimumabe versus nivolumabe isoladamente, considerando todas as linhas de tratamento, participaram 582 pacientes com confirmação central de MSI-H ou dMMR. A mediana de sobrevida livre de progressão também não foi atingida no grupo da combinação, enquanto o grupo tratado apenas com nivolumabe apresentou mediana de 39,3 meses.

A taxa de resposta objetiva foi superior no grupo que recebeu a combinação, alcançando 71%, em comparação com 58% no grupo de monoterapia. Os dados de sobrevida global ainda não estavam disponíveis no momento da análise interina.

Perfil de segurança observado no estudo

As reações adversas mais comuns relatadas em pelo menos 20% dos pacientes tratados com a combinação incluíram fadiga, diarreia, prurido, dor abdominal, dor musculoesquelética e náusea. Entre os pacientes tratados apenas com nivolumabe, os eventos mais frequentes foram fadiga, diarreia, dor abdominal, prurido e dor musculoesquelética.

Impacto clínico e próximos passos

A aprovação da combinação de nivolumabe e ipilimumabe pela FDA representa um marco no tratamento do câncer colorretal avançado MSI-H ou dMMR. Os resultados do estudo CHECKMATE-8HW demonstram benefício clínico consistente, com melhora expressiva da sobrevida livre de progressão em comparação à quimioterapia e à monoterapia. A decisão reforça o papel central da imunoterapia no manejo desse subgrupo de pacientes e sinaliza uma possível mudança no padrão de tratamento de primeira linha.

Com informações de Oncology News Central — https://www.oncologynewscentral.com/drug/fda-approves-nivolumab-plus-ipilimumab-for-advanced-colorectal-cancer

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Augusto

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